"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato
O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço
O amor comeu meus cartões de visita, o amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome
O amor comeu minhas roupas, meus lenços e minhas camisas,
O amor comeu metros e metros de gravatas
O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus
O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos
O amor comeu minha paz e minha guerra, meu dia e minha noite, meu inverno e meu verão
Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte"
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
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... E agora, sou e apenas sou, amor.
ResponderExcluirO amor comeu meu medo de morrer, mas também comeu o meu medo de viver.
ResponderExcluirSerá que morrer dói mais do que viver?
Eu nunca morri pra saber...
Mas amei.
E morreu o meu medo de não ter.